Comportamento agressivo em crianças autistas: o que você precisa saber

No dia a dia da Clínica Caxias Prime percebemos que um dos comportamentos que mais preocupam familiares e cuidadores é justamente esse.

Esse tipo de reação pode ocorrer em diferentes graus e contextos, e compreender suas causas é essencial para lidar com ela de forma mais eficaz e acolhedora.

Vamos entender porque esse comportamento agressivo pode ocorrer

Vale reforçar um ponto, até mesmo para evitar estigmas: a agressividade não é uma característica do autismo em si, mas pode surgir como uma forma de comunicação em situações de frustração, estresse ou dificuldade sensorial.

Muitas vezes, a criança com TEA encontra obstáculos para expressar o que sente ou precisa por meio da linguagem verbal ou corporal tradicional, e acaba reagindo com comportamentos considerados desafiadores.

O primeiro ponto: entender o que desencadeia esse comportamento agressivo

  • Dificuldades na comunicação: crianças que ainda não desenvolveram plenamente a fala ou têm dificuldade de expressar desejos e emoções podem recorrer à agressividade para se fazer entender.

  • Sensibilidade sensorial: estímulos como luzes fortes, sons altos, texturas ou cheiros específicos podem causar sobrecarga sensorial, levando a uma reação agressiva como forma de defesa.

  • Mudanças na rotina: o autismo está fortemente ligado à necessidade de previsibilidade. Alterações inesperadas no ambiente ou na rotina diária podem gerar desconforto intenso e comportamentos explosivos.

  • Frustração e ansiedade: sentimentos que, quando não compreendidos ou canalizados adequadamente, podem resultar em comportamentos agressivos.

Como lidar com a agressividade de forma segura e acolhedora?

O primeiro passo é entender que a agressividade não é um ataque pessoal, mas uma manifestação de sofrimento ou dificuldade.

Abaixo listamos algumas ações que podem ajudar:

  • Manter a calma: responder com gritos ou punições tende a aumentar a tensão. O ideal é manter uma postura tranquila e firme.

  • Identificar os gatilhos: observar quando e como as crises acontecem pode ajudar a reconhecer padrões e evitá-los ou prepará-los melhor para a criança.

  • Oferecer segurança: proteger tanto a criança quanto quem está ao redor é essencial. Às vezes, é necessário retirar estímulos ou conduzi-la a um ambiente mais calmo.

  • Utilizar recursos visuais e estratégias alternativas de comunicação: quadros de rotina, figuras e sistemas de comunicação aumentativa podem facilitar a expressão de necessidades e emoções.

Como o acompanhamento especializado pode ajudar?

O tratamento realizado por uma equipe multidisciplinar é fundamental para compreender a origem dos comportamentos agressivos e trabalhar estratégias específicas para cada criança.

A depender do caso, profissionais como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psiquiatras e pedagogos podem atuar em conjunto, promovendo:

  • Avaliações detalhadas do comportamento e das necessidades individuais;

  • Intervenções terapêuticas personalizadas, como Análise do Comportamento Aplicada (ABA);

  • Apoio no desenvolvimento da comunicação funcional;

  • Treinamento e suporte para os familiares;

  • Acompanhamento médico e, quando necessário, manejo medicamentoso.

Cada criança é única, e com o suporte adequado, é possível reduzir significativamente os episódios de agressividade, promovendo uma convivência mais harmoniosa, segura e afetuosa.

A Clínica Caxias Prime é referência no diagnóstico e acompanhamento de crianças autistas na Baixada Fluminense. Para mais informações, entre em contato através do WhatsApp ao lado.

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